Um homem simples, honesto, que dedicava sua vida em ajudar seus semelhantes, foi levado a julgamento porque alguns entendiam que ao propagar suas ideias e ideais, inovadores, estava
incitando a revolta popular, foi enfim acusado de ser terrorista.
Algumas vozes se levantaram em sua defesa : como terrorista, se êle pregava paz e amor?
De nada adiantou, o Juiz o levou ao Juri popular e foi condenado à morte, ao lado de dois ladrões confessos.
No mesmo julgamento, foi inocentado um homem corrupto e abusador, verdadeiro marginal.
E o cidadão chamado Jesus Cristo, teve seu nome lançado no rol dos culpados.
Êsse é o mais famoso e importante erro judicial da história.
De lá para cá, infelizmente, as coisas não mudaram muito.
Em nossa lide jurídica, vemos constantemente decisões judiciais injustas,ora na estrita interpretação dos textos legais, ora, até, afrontando-os.
A distribuição da Justiça é realmente uma tarefa complicada que acaba, infelizmente , sendo banalizada pelo volume de ações e disputas, que sufoca o trabalho dos julgadores, impedindo uma avaliação cuidadosa, com a instrospecção desejada.
Pior, essa massificação caleja o emocional dos operadores da justiça, sejam os advogados, os promotores, sejam os julgadores e , até, os assessores que, hoje, são incorretamente incumbidos de preparar decisões para assinatura de seus superiores, como disse o presidente do Supremo Tribunal Federal, Min. Cezar Peluso, em entrevista à revista Veja, que reconheceu que "ninguém lê 10.000 ações." e " O presidente do Supremo Tribunal Federal admite que o excesso de processos que chegam à corte faz com que parte das decisões fique nas mãos de assessores técnicos."
Assim, fica o risco - quase certeza - que os casos de menor repercussão publica e os assinados por advogados menos renomados, acabam sendo tratados por assessores nas instâncias superiores e, porque não nas Varas Singulares,portanto sem a devido processo legal.
Recentemente, o Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul, a exemplo do que já aconteceu no Rio, mandou retirar os crucifixos de todas as dependências judiciais.
Essas providências hoje são polêmica no mundo inteiro, sendo simbólico o caso Juiz Italiano Luigi Tosti, expulso da magistratura em 2011, por mandar retirar o crucifixo de sua sala.
Ora, eu sou a favor de que o Estado não se misture com religiões, sejam majoritárias ou não, em respeito à liberdade de pensamento do ser humano.
Lembrando que Jesus foi sacrificado por divulgar suas ideias.
ÊLE, com certeza, seria o primeiro a defender a separação Estado-Igreja.
Então, deixemos a cada cidadão, seja êle um Magistrado ou não, o direito de usar os simbolos religiosos que bem entenda, sem qualquer imposição ou restrição.
Podem, portanto, retirar os crucifixos das salas, por quem se incomodar com a sua presença.
Minha preocupação verdadeira é quando o crucifixo, a estrela de Davi, a lua crescente, o Dharmacakra, ou o Om não estão no coração das pessoas.
Principalmente, quando essas pessoas são incumbidas de julgar as demais.
quinta-feira, março 08, 2012
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